domingo, 24 de março de 2013

Fogueira da luxúria



O restaurante.


Os olhares. 

As palavras. 

As mãos desregradas sob a 

mesa. 

O tecido que desliza para 

cima, 

para baixo,

para a esquerda 

 para a direita. 

o ponto, suave e rugoso, 

que gera electricidade e rubor.

A súbita ausência de apetite. 

a urgência na solicitação da conta.

a viagem de regresso a casa.

as mãos, 

as palavras 

e o tecido incendiando os lampiões da 

estrada.

o apagão entre a porta e a cama. 

a remoção das peças de roupa,

não para efeito, mas como 

necessidade. 

as horas que passam como minutos.

a luz matinal 

que trespassa a cuequinha, 






estrategicamente deslizada para o lado. 

o cheiro a sexo impregnado no quarto. 

As fricções dos corpos espreguiçados 

que reacendem novamente a fogueira 

da luxúria

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