sexta-feira, 17 de maio de 2013

O desejo.




Desejo-te. Porque sim. Não sei explicar porque isso começou por acontecer deste modo. Mas foi instantâneo, desde o primeiro momento. Já lá vão… não interessa. Tu sabes.
Se, no início, a palavra ‘desejo-te’ não saía com a mesma naturalidade com que a sentia, a verdade é que começou a ser dita cada vez com mais frequência.
Tu também.
Já me perguntaste porque te desejava tanto. Admiravas-te por isso. Na altura não soube o que te responder. Talvez tivesses razão quando dizias que, possivelmente, seria por te achar inatingível. Podia ser por isso. Sempre achei um pouco difícil de chegar a ti. De te tocar. Beijar. Falar. Mas deixaste de ser inacessível e eu passei a desejar-te ainda mais. E passei a usar outras palavras além do ‘desejo-te’. O ‘quero-te’. Com exactamente o mesmo significado. Daquilo que existe entre nós. Apenas.. Eu recordo como e porquê. E sempre soube aquilo que existe. Sempre soube do desejo que invade, do calor que me rodeia o corpo quando te imagino. Da vontade que o meu corpo manifesta quando detalho cada toque. Cada beijo. Cada lambida. Mordida. Isto é prazer.
É prazer aquilo que o meu corpo te oferece. É prazer tudo o que quero obter do teu. Sem sustos. Sem receios. Somente degustar cada pedaço de volúpia que tu me fazes sentir. Sim, tu. Porque é teu o corpo. É tua a boca. São tuas as mãos. São teus os dedos. É teu o sexo que quero sentir excitado contra o meu corpo. Não uma parte de ti. Mas tu como um todo. Só assim eu vejo o prazer. Só assim o sinto.
Isto é desejo. É luxúria.
É desejo sempre que fecho os olhos e a tua boca me percorre o corpo. É desejo quando os teus dedos me tocam da forma como sabes que mais me excita. É luxúria sempre que a boca te leva ao orgasmo. Uma e outra vez. É luxúria de cada vez que me sintes a penetrar-te o corpo. Com a língua. Com os meus dedos. Com o meu sexo. Nas posições mais loucas que nos deixam ofegantes, loucos.
É desejo querer ter-te a gemer enquanto abro a boca e deixo que a tua gruta descarregue nos meus lábios. É desejo olhar para ti, enquanto saboreio o teu gosto. Espera. Terei esquecido algo? Sim. Ajoelhada à minha frente. O desejo nos teus olhos. A excitação do teu corpo deixando-te molhada e a ponto de teres um orgasmo naquele momento, só por me saberes a ter prazer contigo. É luxúria deixar que os meus dedos se enrolem nos teus cabelos enquanto me chupas e eu gritas.
É luxúria não nos impor quaisquer limites ao prazer. Nenhum. Entre nós não há limites. Nunca houve. Lembras?
Tudo isto é prazer. Luxúria. Volúpia. Desejo.
O que te faz desejar-me tanto? – perguntas.
Saber que me desejas do mesmo modo - respondo-te sem hesitações.
Saber que damos tudo um ao outro. Entrega total - dizíamos ambos.
Saber que posso ter contigo o maior prazer. Precisamente porque não existem limites ao que queremos um do outro. Nós dois. Só nós. Mas um leque infinito de opções como gostamos. Ao êxtase.
Quero-te. Sim. Desejo-te. Quero a tua boca no meu corpo. Quero as tuas mãos a deslizarem na minha pele, coberta do suor dos dois. Queres os meus dedos a levarem-te à loucura. Quero ver os teus olhos repletos de desejo. De luxúria. De vontade. Queres sentir o meu sexo excitado a invadir o teu corpo, pronto para me ter.
Ter-me. Queres ter-me entre as tuas mãos. Quero ter-te a gemer no meu ouvido. Queres ter-me a penetrar-te.
Fortemente. Docemente. Rápido. Lento. Leve. Profundo. Isto é quereres ter-me. Isto é desejar-me.
Quero que me beijes. Que me fodas. Quero chupar-te a cona. Quero ouvir-te gritar. Queres que a minha boca te leve ao orgasmo. Não uma, mas mil vezes. Quero que tu te venhas para mim. Quero ver-te a ter prazer. O prazer que eu te dei.
Isto… é desejo. É luxúria. Sem receios. Sem hesitações. Sem dúvidas. Por ti. Porque tu és um todo.
Tu és dona da boca que desejo, das mãos que eu quero, dos dedos que sinto, do sexo que eu invado. Não desejo uma parte de ti. Desejo-te como um todo. Sempre foi assim. Não mudou em nada.
Não quero ter de medir palavras no que digo. Quero dizer tudo o que me apetece: dizer-te o prazer que me fazes sentir, dizer-te como te quero ter, como anseio estar contigo. Como a tua boca me seduz, como a tua voz me faz imaginar prazeres sem fim.




Quero dizer-te que a minha vontade é que as tuas mãos me agarrem e me digas com o olhar o que queres fazer comigo. O que anseias que te faça. E quase gritas um sim. A tudo.

Haverá dúvidas do que te faço? Do que te dou? Do que me dás? Do que me fazes? Do que quero e do que tu queres?







Haverá dúvidas que adoramos foder loucamente

1 comentário:

  1. Il piacere è fugace, e il desiderio duraturo, gli uomini sono più facilmente spinti dal desiderio che dal piacere.

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