quinta-feira, 9 de maio de 2013

Como ela queria

Jantaram perto do motel, num restaurante pequeno, elegante e sossegado. Não romântico. Não. Nem aquele encontro o era. 

Comeram pouco. Comiam-se com os olhos. Com toques de dedos. Pés debaixo da mesa. Permaneceram a conversar assuntos que nunca mais conseguiram recordar. Mas a tortura da espera aguçava o desejo. Desejo puro. Queriam sexo . Queriam foder.
Levou-a para o motel. Não queria esperar mais. Entraram, puxou-a contra o corpo e, antes de um rápido beijo, ergueu-lhe a saia e apertou-lhe as nádegas . 
Gostava de lhe apertar as nádegas . Sabia que ela escorria só por isso.
- Sente como estou grande. Sente a minha tesão
- Quero-te. Dá-mo.
- Queres?
- Quero. Sabes como estou molhada? Mexe.
- Sei-o. 

Ela tocou-lhe o pau por cima das calças. Sentiu como latejava aquela carne que queria sentir dentro de si. Bem fundo. Ele não a acariciou.
Ele despiu-a da cintura para cima e tirou-lhe a saia, deixando-a
somente de meias de liga, fio dental e os sapatos de salto alto. Feminina. E um colar de pérolas a enfeitar-lhe o pescoço, descansando entre os seios desnudos.

Despiu-se a si mesmo. Todo. E puxou-a por uma mão. Empurrou-a para a cama king size.
- Ajoelha-te – e subiu para cima da cama na frente dela – agora chupa-me.
Na cama ela de joelhos ele em pé . Chupa-me
ela obedeceu. 
Abriu a boca e engoliu-o até metade, aquele caralho que adorava chupando um pouco. 
Com calma.

- Mais rápido – ordenou ele.
ela tornou a fazer como ela mesma queria. 
Tirou-o da boca, segurando-o pela base. 
Lambeu a ponta, a língua deslizando pela carne quente, molhando-o com a sua saliva. Olhou-o. 
Ele estava de olhos semicerrados, os dedos enrolados nos cabelos dela, puxando-a para si, forçando-a a engoli-lo. 
Ela, apoiada com uma mão na coxa dele, não o permitia, segurando o pau com a outra, enquanto continuava a torturá-lo. 
Até que o enfiou na boca e começou a engoli-lo, centímetro a centímetro. 

Até o ter alojado quase por inteiro. Sentia a boca completamente cheia dele. 
A ponta a tocar-lhe a garganta. Respirou pelo nariz com calma, controlando de forma a não se deixar engasgar. 
A boca cedeu e a língua movimentou-se por baixo da carne. Acariciava-o naquela veia saliente que latejava. No ponto que o deixaria louco. Ouviu-o gemer. 
Tirou-o da boca e voltou a engolir até sentir de novo a tocar-lhe fundo. Tirou-o da boca e deixou que a saliva o molhasse inteiro. Olhava-o. 
Observava o prazer espelhado no rosto dele.

Chupou-o. Rápido. Com ânsia. Como ele queria. E soube que tinha acertado ao ouvir os sons e as palavras desconexas que saíam dos lábios dele. Não parou de o chupar até que sentiu que o orgasmo estava a invadi-lo. Deixou-o vir. Teve-o. Sem deixar de o chupar. E lambeu-o. Com suavidade. Até deixar de lhe sentir os tremores. Até que ele caiu na cama a seu lado, com uma expressão de pura satisfação no rosto.
Ela deitou-se ao lado dele de olhos fechados. Excitada. Dois corpos deitados lado a lado. Um satisfeito. Outro ainda por satisfazer. No pensamento dele ‘que bom, que bom’. No pensamento dela ‘em todo o tempo nem um beijo, nem um toque, nem uma carícia’.
[Sexo]. Claro.
Ele levantou-se da cama.
- Venho já - e dirigiu-se a uma porta que pareceu ser da casa de banho.
Ela levantou-se da cama . Vestiu a saia, a blusa. Foi à mala, pegou num papel e numa caneta, escreveu algo e dirigiu-se à cama. Ouviu a descarga do autoclismo quando acabou de colocar o papel em cima da cama.
Dirigiu-se à saída. Fechou a porta devagar atrás de si, enquanto ele chamava por ela.
Regressou ao quarto e foi quando viu o pequeno papel em cima da almofada. Pegou nele e :

Vai ter comigo. Estou na rua das meninas. Engatas-me e deixo-te foder. Quero foder sentindo-me tua puta. Tu sabes que gosto. De foder contigo. Só contigo. Fodemos como gostas. No carro. Quero como as putas. Não demores.





1 comentário:

  1. Não é pedir muito...
    Aapenas alguns momentos de loucura que me fazem esquecem quem eu sou...

    ResponderEliminar